TRADIÇÕES DO POVO

14-11-2013 22:28

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AS TRADIÇÕES DO POVO

Falar das tradições do nossos antepassados, não é assim tão fácil como muitos o possam imaginar. Vamos falando dos séculos XIX e século XX, mas dos século XIX, o que sabemos nós? O que nos deixaram os nossos ascendentes? O que disseram ou escreveram? Os nossos antigos deixaram dito aos filhos, parte do que fizeram. Não escreveram, porque no início do século XX, ainda estavam muitas freguesias sem terem uma escola, e que os ensinasse a ler. Conheço duas freguesias no concelho de Barcelos, que no ano 2000 estavam muitas pessoas vivas, que aprenderam a ler com um sobrinho de meu pai. Quando falava com eles, me diziam. O que eu sei e todos os que aqui vivemos, o devemos ao teu primo. Foi ele que ensinou todos os que sabem ler nesta freguesia. Este meu primo, nasceu no início do século XIX, mas teve que aprender e quando ensinou os colegas, a data já era de 1940 e daí em diante. Como esta, havia outra que teve um professor pago por os pais dos alunos, e ficou a ser a escola do professor Pedro. Também era no concelho de Barcelos, onde minha mãe nasceu. Como nestas terras se passou assim, o mesmo aconteceu por outros lados. Foi só o que as pessoas ouviram e conseguiram decorar, que hoje temos como realidades, mas muitos dados se perderam. E como é que as pessoas se divertiam? Ficamos a pensar se era assim ou era de outra forma, porque a verdade certa antes de meados do século XIX, muito pouco se sabe. Um ou outro sempre escrevia o que sabia nesta cidade ou naquela, mas as tradições mais marcantes e que nos dias de hoje os Ranchos e Grupos Folclóricos representam, eram passadas nas pequenas aldeias agrícolas, onde se cultivavam os cereais e tudo o que os povos das cidades consumiam. Era a agricultura que ao amanhar os seus trabalhos do campo, divertia os trabalhadores ao chegar ao fim do dia, mesmo cansados dos duros trabalhos, ainda tinham forças para umas cantigas e dançar as danças que em cada localidade eram mais usuais. Por isso, as cantigas e as danças, fazem muita diferença de uma região para a outra. Entre localidades, essa diferença não se notava, porque em dias de grandes ajuntamentos, ajudavam uns aos outros. No fim, todos dançavam e cantavam da mesma forma que nas outras localidades que eram da mesma região. Mas as danças também eram vividas por os fidalgos, que não deixavam de ter as suas danças, mas de formas diferentes. Convidavam amigos e no fim de uma boa jantarada, um tocador ou com música de orquestra, também davam lugar a umas boas danças palacianas. Estão referidas em alguns trabalhos, porque os fidalgos tinham outras regalias e muitos sabiam ler e escrever. O povo do Campo, só sabia trabalhar. Embora seja raro, aqui vou deixar um caso digno de nota. D. Pedro I, era um grande bailador, e divertia-se muito a dançar com o povo. Onde estivesse uma dança e que ele soubesse, lá estava ele. Quando seu pai faleceu, tomou conta do reinado, mas como Rei, continuou a divertir-se. O seu reinado durou pouco tempo. De 1357 a 1367. Só governou dez anos, mas o povo mesmo depois dele falecer, dizia. Assim nunca tivemos. D. Pedro era Impulsivo e violento, mas o povo amava-o pelo seu feitio folgazão. Pelo rigor na administração da justiça, ficou com o cognome de O Justiceiro ou o Cru. Estou a falar do século XIV. Estes testemunhos, revelam-nos que os antigos, também gostavam de se divertir e divertiram-se muito, mas a história deles, nunca ficou contada, por os motivos que acima citei. Também evoluíram muito nas invenções, porque tudo o que existe e que o homem utiliza, foi inventado por o próprio homem. O homem recebeu a água, a terra, a pedra e o ar. Tudo o resto, o homem foi descobrindo para viver. A colheita de frutos, parece que foi o primeiro trabalho do homem na Terra, Só muitos anos e depois de descobrir o fogo, começou a caçar. Na pagina seguinte, vou indicar datas das muitas invenções que o homem foi conseguindo inventar. Contudo, aqui já fica a mais antiga. 18.000 anos antes de Cristo o homem descobriu que podia ter iluminação através de azeite ou gordura animal, lançando para cima das pedras o azeite, óleos vegetais ou gordura animal e lançando-lhe o fogo. As lâmpadas com 

pavio de fibras vegetais só apareceram 1.000 a C. 8.000 anos antes de Cristo o homem inventou: o uso do bronze nas armas e ferramentas , na Ásia. 2.000 a C.. O machado e a enxó. O homem aprendeu a confecionar tecidos mas tudo manual e sem teares. Muito tenho para explicar, mas ocuparia muito aqui.  Agostinho Lopes.

 

 

 

 

 

 

 

 

Agostinho Lopes