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Os capéus de palha eram e ainda são construídos com palha de centeio, que é semeado antes dois meses da entrada no Inverno, para que passados 7 meses seja possível cortá-lo ainda em verde ( ferrã ) e posteriormente o expor ao sol para secar e corar até se transformar em palha. Após esta operação, é cortado em palheiras, separando os elos ou conotos, da grossa, grossa descontada, do meio, fina e de pataco. Tem vários nomes as partes separadas por os elos que dividem cada palha de centeio em partes. As palhas são depois molhadas e entrançadas. Cada trança, só está pronta quando tiver doze braçadas (20 metros), sendo os estrepes eliminados com a ajuda de uma tesoura. Seguidamente demolha-se e dentro de uma caixa fechada se enxofra com enxofre a arder dentro de um recipiente, ficando assim reunidas as condições para delas serem confeccionados os chapéus de palha, abanadores de palha, cestas de palha, etc, que a seguir são vendidos nas feiras e por as portas dos lavradores de modo a manterem a subsistência da família. Os chapéus de palha tem variados formatos. Para homens , as abas eram mais pequenas e a parte que cobria a cabeça era mais alta que os chapés das mulheres para baixar a parte de cima , fazendo uma cova e na parte da frente formava um bico , para que o homem com a ajuda de três dedos colocasse o chapéu na cabeça ou o tirasse da cabeça. Os chapéus das mulheres eram de aba maior e assim abrigavam mais o sol nos trabalhos do campo ou das eiras. Também as crianças usavam chapéus de palha, cujos formatos eram mais variados, mas os das meninas também tinham as abas maiores do que os dos meninos. Agostinho Lopes
O. B. S.
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